cada luz acesa é um desconvite
cada passo dado
sobre os focos perolados
persiste
no tilintar das chaves, agora inúteis
no final do corredor, que devolve
todas as memórias apagadas
deixe-me ser o som. deixe morrer o som.
no latão da minha mente cada toque ecoa maldito
e o azul mortiço do poente não ajuda
a deixar de ouvir
há um lago entre nós, mas não há praias
há um lago e eu poderia ser Schumann
se estivesse naquela sala
mas apenas abro caminho e digo à funcionária
que passe
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