Seu olhar invisível
em cada despedida
ecoa mudo pelas gotas
vazias
das almas que escorrem.
O futuro do pretérito
me assombra
e o torpor citadino torna-se evidente.
Cada gota de chuva é um batismo por ser.
Todos os rostos que dormem
a névoa de combustível
a senhora triste ao lado
os ganidos brutos dos trens
tudo o que poderia ser e não foi
está livre.
Não devemos nada,
não precisamos de nada -
repetem os mortos das ruas numa procissão
Indizível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário