Deixe-me, deixe-me ir
deixe-me nadar sonâmbulo
alheio às sereias que dançam
e sentir frio
deixe-me estender a língua para o sol de outono
me olhando pela janela como um gato amargo
deixe-me flutuar pela passarela que leva ao mar
sentir a madeira úmida sob meus pés respirar a cada passo
deixe o vento evaporar minha pele em abraços maternos
deixe-me voltar para meu berço
esse piano morno
encontrar esse lugar que logo será meu limbo
Submergir na solidão
e emergir sorrindo
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